O que me toca...

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"O hábito tem-lhe amortecido as quedas. Mas, sentindo menos dor, perdeu a vantagem da dor como aviso e sintoma. Hoje em dia, vive incomparavelmente mais serena, porém em grande perigo de vida: pode estar a um passo de já ter morrido, e sem o benefício de seu próprio aviso prévio." (Clarice Lispector)

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Unloveable...

Esperamos sempre na vida apenas o amor mas e quando ele nunca vem? E quando ele se camufla de anjo mas depois se revela um demônio? Há uma (des)graça nessa vida, há algo como uma maldição assombrosa que toma cada dia o restante do sopro da vida. Como agir? Como reagir? Eu já não posso...

sábado, 18 de julho de 2015

Hoje, com uma visão mais sóbria da vida, não me permito a ilusão com os outros. Prefiro que me doa a verdade do que me machuque a mentira. Aquela mentira que faz alguns acreditarem ser mais capazes de cuidar de alguém somente por viverem debaixo das asas dos pais porém sem nunca terem conhecido a real independência. Aquela mentira que não se preocupa em não humilhar o outro tamanho o ego que cresceu. Não se preocupa em magoar pois a empatia já não existe, nem a falta que o outro fazia.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Interpretações de músicas - Chico Buarque

Pessoal, esta letra é de uma interpretação bem simples.
Não é uma mãe cega porque o rapaz é seu filho. É uma mãe ingênua pelas condições sociais precárias da vida.

‘Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar…’
(Uma criança que como tantas outras, nasceu em condições precárias, provavelmente prematuro e não planejado.)

‘Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar…’
(Mais uma vez fica nítida a condição social da ‘família’, sem nenhuma estrutura e planejamento)

‘Como fui levando
Não sei lhe explicar…
Fui assim levando
Ele a me levar…’
(Como a criança ‘vingou’ nem ‘ela’ sabe devido as condições precárias. Mas o ‘guri’ desde cedo aprendeu a ‘se virar’ como pôde.)

‘E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá…
Olha aí!
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…’
(Toda criança apegada a mãe e família faz planos e sonhos, às vezes sem nem saber exatamente quais são esses…)

‘Chega suado
E veloz do batente
E traz sempre um presente
Prá me encabular…
Tanta corrente de ouro
Seu moço
Que haja pescoço
Prá enfiar…’
(A real inocência da mãe. Ela não ‘finge não ver’ ela REALMENTE não vê. A repetição das palavras ‘seu moço’ mostram também a simplicidade e ‘ignorância’ desta mãe)

‘Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá…
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar…
Olha aí!’
(Neste trecho fica claro que a situação não é de alguém em situação de vida boa. Provavelmente um retirante, alguém que veio do sertão/roça e afins (regiões MUITO afastadas ou esquecidas pelo governo) sem acesso nem a cartórios para documentação ou abandonada… Um ‘povo esquecido’)

‘Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…
Chega no morro
Com o carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador…
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Está um horror…’
(A mãe realmente não sabia que o próprio assaltante é seu filho. Para ela ele é um trabalhador digno)

‘Eu consolo ele
Ele me consola…
Boto ele no colo
Prá ele me ninar..
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado
Já foi trabalhar
Olha aí!’
(Uma mãe carente e inocente pelas situações da sua vida que merece tanta atenção quanto o ‘guri’e encontra isto somente no filho)

‘Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…
Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais…
Eu não entendo essa gente
Seu moço
Fazendo alvoroço
Demais…’
(Também fica claro o analfabetismo da mãe. Impossibilitando que ela leia todas as informações sobre seu filho e não entendendo o ‘alvoroço’ feito pelas ‘manchetes’ e o porquê de somente ‘as iniciais’)

‘O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo
Eu não disse
Seu moço
Ele disse que chegava lá…’
(Ela não consegue nem perceber que o filho foi morto. Ela acha que ele está ‘se divertindo’ e que alcançou algo ‘maior’/ que faz sucesso/ que é bem sucedido)

‘Olha aí!
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí
É o meu guri ‘

(espero que tenham gostado ;) porque há muito venho estudando várias letras de chico e essa é uma das que já foi estudada)


É muito claro e evidente que Chico Buarque fala sobre a LIBERDADE nesta música. Não a liberdade de atitudes que na ocasião era controlada por todos os lados, mas sim a liberdade de pensamento.
O ‘pensar’ é a única coisa que não se podia controlar. Por isso os ‘sussurros’, ‘suspiros’, ‘combinações’ e ‘rezas’…Logo após ‘falar alto pelos botecos’ pois já não há pudor e controle após um consumo elevado de álcool…
Esta letra, a meu ver, é atemporal, porque até hoje, a única coisa que ainda não pode ser controlada no ser humano é o pensamento.

‘ O que não tem decência, nem nunca terá’ (cada um é livre para pensar sem pudores no que quiser), ‘acendendo velas nos becos’ (nos casos de pensamentos religiosos à um deus)..
‘Está na natureza’ O PENSAR de várias forças e que não pode ser censurado.

‘O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será, que será?
O que não certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho…

O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos…’

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Retorno

E hoje eu precisava da chuva...
Eu precisava como nunca desta chuva para levar toda essa sensação ruim que está aqui dentro de mim. Toda essa vontade de não mais existir, de romper com o mundo e de fazer com que os dias passem e as pessoas se esqueçam de mim.
Enfim ela veio...me deu um pouco de esperança. Não a esperança que se compra no supermercado por quilogramas, uma esperança verdadeira, apenas um grão já me torna melhor.
Será que vai recomeçar ou será que pode acabar de vez?
Eu não sei...mas temo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

101 motivos...

01- A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não;
02- Transformar o nada em tudo;
03- Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade;
04- Digo alô ao inimigo, encontro um abrigo no peito do traidor;
05- Nada mais vai me ferir;
06- A insegurança não ataca quando erro;
07- Eu vou sobrevivendo sem um arranhão;
08- Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância;
09- Transformar o tédio em melodia;
10- Perder-se também é caminho;
11- Despi de todas as couraças e finalmente tive coragem de me encarar e me mostrar para o mundo;
12- Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas o que é passível de sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada;
13- Fiquei com vontade de chorar mas felizmente não chorei, porque quando choro fico tão consolada;
14- Só se consegue a simplicidade através de muito trabalho;
15- Só devaneio para alcançar a realidade;
16- Nesse silêncio profundo se esconde minha imensa vontade de gritar;
17- Você pode até me empurrar de um penhasco, mas eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!;
18- Não se preocupe em entender;
19- Juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar;
20- Mergulhe no que você não conhece;
21- Abandone-se, tente tudo suavemente, não se esforce por conseguir - esqueça completamente o que aconteceu e tudo voltará com naturalidade;
22- Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente;
23- Mude mas comece devagar, por que a direção é mais importante que a velocidade;
24- Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar. Acreditar chorando;
25- Sou uma louca, mas guiada dentro de mim por uma espécie de sábio!;
26- Eu sou sim. Eu sou não. Aguardo com paciência a harmonia dos contrários;
27- Cuide-se como se você fosse de ouro,ponha você mesmo de vez em quando numa redoma e poupe-se;
28- Onde aprender a odiar para não morrer de amor?;
29- Quem se indaga é incompleto;
30- A prece profunda não é aquela que pede, a prece mais profunda é aquela que não pede mais;
31- O vazio tem o valor e a semelhança do pleno;
32- Minha essência é inconsciente de si própria e é por isso que cegamente me obedeço;
33- Há os que já têm o LSD em si, sem precisar tomá-lo;
34- Vivo de uma camada subjacente de sentimentos;
35- Escolher a própria máscara é o primeiro gesto voluntário humano. E solitário;36- Dar a mão a alguém sempre foi o que eu esperei da alegria;
37- É exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos;
38- Perdão é um atributo da matéria viva;
39- Eu vou ao encontro do que me espera;
40- Eu agüento porque sou forte: comi minha própria placenta;
41- Tudo o que eu não sei, é o que constitui a minha verdade;
42- Mas se eu esperar compreender para acertar as coisas - nunca o ato de entregar se fará;
43- Não sou maduro bastante ainda. Ou nunca serei;
44- A doçura é tanta que me faz insuportável cócega na alma;
45- Irei até onde o vácuo faz a curva. Irei até onde meu fôlego me levar;
46- Devo lutar como quem se afoga, mesmo que eu morra depois;
47- Rompi com o mundo;
48- Minha fortaleza é um silêncio infame;
49- Não se afobe, porque nada é pra já;
50- Quero ficar no teu corpo feito tatuagem;
51- Aja duas vezes antes de pensar;
52- Inútil dormir, que a dor não passa;
53- Já de saída minha estrada se entortou, mas vou até o fim;
54- Você vai me cegar e eu vou consentir;
55- Deixei a fatia mais doce da vida na mesa dos homens de vida vazia;
56- Quero ver como suporta me ver tão feliz;
57- Quando você me quiser rever, já vai me encontrar refeita;
58- Pra ti sempre tive um infinito estoque de perdão;
59- Multipliquei-me, para me sentir;
60- Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo;
61- Nada me prende a nada;
62- Felicidade é não contar pra ninguém;
63- Quando a estrada fica interrompida, o desvio pode ser interessante;
64- Descrever-se é limitar-se;
65- Vive mais quem não perde tempo;
66- Que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia;
67- O mundo já caiu baby, só nos resta dançar sobre os destroços;
68- Seja sempre você mesmo, mas não seja o mesmo pra sempre;
69- Hoje sei que dá para renascer várias vezes nessa vida. Basta desaprender o receio de mudar;
70- Que eu nunca aceite a idéia de que a maturidade exige um certo conformismo;
71- O que há de bárbaro em mim procura o bárbaro e cruel fora de mim;
72- Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tivermedo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade;
73- E pelo amor de Deus, veja nas minhas palavras mais do que minhas palavras;
74- E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano;
75- Que o fracasso me aniquile, quero a glória de cair;
76- Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas;
77- Chego a chorar , manso de tristeza. Depois levanto e de novo recomeço;
78- E seja mil vezes, de todos os modos;
79- Uma forma de ter é não desejar;
80- Não me interessa fetiche morto como lembrança;
81- O que te falo nunca é o que te falo, e sim outra coisa;
82- Estou consciente de que tudo que sei não posso dizer;
83- E como a primavera eu me deixei cortar, para vir mais forte;
84- Escuta: eu te deixo ser. deixa-me ser,então;
85- Porque no impossível é que está a realidade;
86- Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária;
87- O óbvio não é tão óbvio;
88- Raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos;
89- Me escondi de mim o quanto pude;
90- Eu nunca fui livre na minha vida inteira. Por dentro eu sempre me persegui;
91- No fim tu hás de ver que as coisas mais leves foram as únicas que o vento não conseguiu levar!;
92- Queria continuar a vê-lo mas sem precisar tão violentamente dele;
93- Não quero a beleza, quero a identidade;
94- De meu lado a ser exposto, fiz o meu avesso ignorado;
95- Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito;
96- Ordenando as coisas, eu crio e entendo ao mesmo tempo;
97- Liberdade é pouco, o que desejo ainda não tem nome;
98- O vazio é um meio de transporte;
99- O artificial é, às vezes, o grande sacrifício que se faz para se ter o essencial;
100- E eu quero mais do que o invólucro que também amo. Eu quero o que eu Te amo;
101 - Podem até maltratar meu coração,que meu espírito ninguém vai conseguir quebrar;

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


"Talvez isso mude. Talvez você entre na minha vida sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez. Talvez você pule esses três ou quatro muros que nos separam e segure a minha mão, assim, ofegante, pra nunca mais soltar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia". (CAIO FERNANDO ABREU)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

We're Going To Be Friends...sweet memories

"São de coisas assim que quero falar com você, meu amigo — cinema, literatura, música, vida. Que enorme desgaste trocar najices — gastar um cartão lindo daqueles (que vou ter que jogar fora, sorry, é muito ofensivo) mais selo, sem falar na produção sempre euxastiva de enfrentar os correios paulistanos — de hemisférios opostos. Ah, garoto, não me envie mais coisas assim. Não escreva nada, não nos procuramos mais: um dia nos cruzamos por acaso, de repente, e então vemos o que aconteceu a nossos rancores e reagimos de acordo com isso. Mas se você quiser me contar das suas funduras, e não apenas defender-se — e os amigos são, sim, para trocar abismos — então me escreva 10, 100 páginas, e eu responderei com calor, com carinho, com toda amizade que realmente sinto por você.'' (CAIO FERNANDO ABREU)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um homem Inteligente Falando das Mulheres (Luis Fernando Veríssimo)

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha Salvem as Mulheres !

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam :


1. Habitat

Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.


2. Alimentação Correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um Eu te amo no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.


3. Flores

Também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.


4. Respeite a Natureza

Você não suporta TPM ? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação ? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.


5. Não Tolha a sua Vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apóie.


6. Cérebro Feminino Não é um Mito

Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo ( e algumas realmente o aposentaram ). Então, aguente mais essa : Mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher.

Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

7. Não faça sombra sobre ela

Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite : Mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

domingo, 3 de abril de 2011

Gentileza- Marisa Monte


Hoje começo um "projeto" que visa identificar de onde vem algumas letras de cantores que eu gosto.

E para começar escolhi uma música muito legal:

Gentileza
Marisa Monte
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
A palavra no muro
Ficou coberta de tinta
Apagaram tudo
Pintaram tudo de cinza
Só ficou no muro
Tristeza e tinta fresca
Nós que passamos apressados
Pelas ruas da cidade
Merecemos ler as letras
E as palavras de Gentileza
Por isso eu pergunto
À você no mundo
Se é mais inteligente
O livro ou a sabedoria
O mundo é uma escola
A vida é o circo
Amor palavra que liberta
Já dizia o Profeta



Está canção maravilhosa foi feita em homenagem a José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza ou José Agradecido.Era paulista mas foi morador do RJ por muito tempo onde ficou conhecido por suas inscrições peculiares sob um viaduto, andava com uma túnica branca e possuía longa barba.
Fazia sua pregação e levava palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".
Durante 35 anos, ele percorreu toda a cidade, viajou nas barcas Rio-Niterói, entrou em trens e ônibus para fazer a sua pregação e oferecer flores a todas as pessoas. Seu lema era “gentileza gera gentileza”.
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.
Foi pioneiro em denunciar ameaças à natureza e pregou o “AMORRR” (ele tinha um modo peculiar de escrever) e a gentileza como salvação do mundo.
Após sua morte em 1996, os textos foram cobertos de tinta cinza por ordem da prefeitura, o que gerou protestos da população.
Hoje, recuperado pela Universidade Federal Fluminense e registrado em CD-Rom, o grafismo do Profeta Gentileza é patrimônio artístico-cultural do Rio de Janeiro.

Em 28 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de seus familiares, onde se encontra enterrado, no "Cemitério da paz".

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

‎"Te quero imensamente bem. Fico pensando se dizendo assim, quem sabe, de repente você até acredita. Acredite."

"Mudei muito e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado"

" Sei lá, Loirinha, tá tudo tão legal — e um legal tão batalhado, um legal merecido, de costas e pernas doendo, mas coração tranqüilo"

“... eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende?”

"Penso em você principalmente como a minha possibilidade de paz — a única que pintou até agora. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito."

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. “

(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Perdoar e esquecer

Perdoar e esquecer equivale a jogar pela janela experiências adquiridas com muito custo. Se uma pessoa com quem temos ligação ou convívio nos faz algo de desagradável ou irritante, temos apenas de nos perguntar se ela nos é ou não valiosa o suficiente para aceitarmos que repita segunda vez e com frequência semelhante tratamento, e até de maneira mais grave. Em caso afirmativo, não há muito a dizer, porque falar ajuda pouco. Temos, portanto, de deixar passar essa ofensa, com ou sem reprimenda; todavia, devemos saber que agindo assim estaremos a expor-nos à sua repetição. Em caso negativo, temos de romper de modo imediato e definitivo com o valioso amigo ou, se for um servente, dispensá-lo. Pois, quando a situação se repetir, será inevitável que ele faça exactamente a mesma coisa, ou algo inteiramente análogo, apesar de, nesse momento, nos assegurar o contrário de modo profundo e sincero. Pode-se esquecer tudo, tudo, menos a si mesmo, menos o próprio ser, pois o carácter é absolutamente incorrigível e todas as acções humanas brotam de um princípio íntimo, em virtude do qual, o homem, em circunstâncias iguais, tem sempre de fazer o mesmo, e não o que é diferente. (...) Por conseguinte, reconciliarmo-nos com o amigo com quem rompemos relações é uma fraqueza pela qual se expiará quando, na primeira oportunidade, ele fizer exactamente a mesma coisa que produziu a ruptura, até com mais ousadia, munido da consciência secreta da sua imprescindibilidade.( Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida')